No rés-do-chão do edifício pintado de branco era o ARCÁDIA
o café onde nos encontrávamos com regularidade
Santa Iria de Azóia, 4 de Agosto de 2011 – Confesso, muito sinceramente, que fui surpreendido com um longo comentário, no meu blogue, do António Apolinário Lourenço. Ainda acerca do aniversário do Albano Matos, que, por enquanto, ainda não deu à costa. E talvez só venha a dar, se der, corrida a Volta a Portugal em bicicleta.
António Apolinário (da Silva Lourenço), que para mim será sempre António Apolinário ou simplesmente Apolinário, lembrou-me o nome do nosso amigo Zé dos Bonecos, António Martins Fernandes, e a grafia do apelido Seborro, que eu queria, à viva força, que fosse Ciborro. No sábado passado, perguntei pelo Manuel Seborro a um vendedor de melancias, no Ladoeiro, que não conseguiu, apesar do esforço, dar-me qualquer informação precisa.
Eu já me tinha esquecido que o Luciano de Almeida tinha tido um suplemento ou coisa parecida no Beira Baixa, que, creio, era dirigido por Valentim Alferes e no qual colaborei com um pequeno poema que viria a perder. Efectivamente monárquico, o Beira Baixa desapareceu, porque não tinha a aceitação popular do Reconquista, desde sempre ligado à Igreja Católica. E que era, indubitavelmente, muito mais desempoeirado que o jornal da Rua de S. Sebastião, quase ao lado do edifício dos correios, que ainda lá está, mas onde já não há correios.
Castelo Branco ainda tinha, naquele ano de 1972, duas gráficas: a S. José e a Semedo, onde eram produzidos o Reconquista e o Beira Baixa, respectivamente. Foi na Ausência do António Apolinário que coordenei um número do suplemento juvenil do Reconquista, que implicava rever as provas na tipografia, ao fundo da J A Morão. Ainda que nunca tenha trabalhado em gráficas nem em jornais, havia de ficar para sempre com as imagens visuais da composição e com as olfactivas da tinta. Perto da minha casa há uma gráfica, cujo prioritário, o João Esteves (não é o da Tabacaria, ó Apolinário), é meu amigo. Por isso, de quando em vez, passo por lá para matar saudades.
O Reconquista é hoje um jornal diferente. Feito por jornalistas e outros profissionais, respeita minimamente a pluralidade de opinião e faz a cobertura noticiosa do distrito de Castelo Branco. E acompanha, sem constrangimentos, a evolução tecnológica. Por isso mesmo, sou seu assinante e assíduo leitor.
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