sábado, fevereiro 19, 2011

DO MEU DIÁRIO

Mr. FRED, um verdadeiro felino
Santa Iria de Azóia, 19 de Fevereiro de 2011 - Agora me lembro que há mais de um mês que não ponho os pés na minha “datcha” de Sesimbra. Eu gostava muito de saber cirílico e escrever “datcha” em russo, porque emprestava mais estilo ao estilo e conferia-me outro estatuto. Mas passemos à frente que o tempo está de chuva e não se pode desperdiçar com as frivolidades deste escriba pindérico.

Ontem à noite, por volta das vinte e uma, apesar deste tempo invernoso e melancólico, fui forçado a deixar o remanso do doce para cumprir com os meus deveres profissionais. Popó estacionado à frente do Governo Civil, na Rua Capelo e depois foi seguir pela Rua Ivens até à Rua Garrett, cortar ligeiramente à esquerda para ganhar a Rua Serpa Pinto e subi-la até ao Largo Rafael Bordalo Pinheiro, já a dois passos do belo Teatro da Trindade. Sempre sob uma chuvinha pertinazmente chata.

E que viu este vosso amigo no seu caminhar pelas ruas do Chiado, que têm o nome de antigos exploradores de África? Cerca de uma dúzia de restaurantes, alguns com grande dimensão, repletos ou mais ou menos repletos de comensais, numa noite de chuva pertinazmente chata. E os restaurantes que vi, cheios e com grande animação, não são propriamente baratos. Portanto, cerca das dez da noite, aquela zona da cidade era bem o contrário de um país em crise.
A crise, é bom de ver, atinge fundamentalmente os desempregados, alguns funcionários públicos e os jovens à procura de primeiro emprego. Ou mais fundamentalmente os desempregados e as respectivas famílias. Porque, lá bem no fundo, heureusement, ainda há muito happy few.
E prontos, como agora se diz, acabei de vos demonstrar que todos os caminhos podem ir dar a Roma.

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