Santa Iria de Azóia, 17 de Julho de 2011 – Ainda que todos os dias escreva, e escreva muito, desleixo-me com este Diário, que, qualquer dia, para manter o rigor da denominação, deverá chamar-se mensário. Não é que não haja coisas importantes no meu dia-a-dia que mereçam ser relatadas; não, acontece simplesmente que vou dando prioridade a outras coisas.
Na verdade, tenho andado entretido com a ultimação de um livrito de quadras, só de quadras, que terá o originalíssimo título de novas quadras quase populares. Ainda que não possa ser bom juiz em causa própria, creio que será muito mais interessante que o meu livro inaugural, onde me permiti uma série de concessões desnecessárias.
A quadra é um pouco como a fotografia. Capta o instante e/ou o quotidiano, numa estreita relação com a vida. E pelas minhas quadras, que não são populares “stricto sensu”, lá serão encontrados os grandes temas da poesia, tais como a vida e a morte, o amor, a tristeza, a alegria, a passagem do tempo, etc. E por vezes até aspectos burlescos e picarescos que vão colorindo e apimentando a própria vida.
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