Santa Iria de Azóia, 11 de Julho de 2010 – As auto-estradas dão-nos tempo, mas roubam-nos o dinheiro e o país. Antes de haver A-23 – uma das SCUTS das pátrias desavenças -, chegava a demorar quatro horas para ir à Mata e demorava outras quatro no regresso. Agora vou e venho e nem chego a gastar as quatro horas.
Eu conhecia topónimos como Azervadinha, Rosmaninhal, Barreiras, Arez e tantos outros, que vou esquecendo, inevitavelmente. Para não falar do Afonso, em Mora, um restaurante simpático, onde “matei a malvada” vezes sem conta. Ou do Café Central, em Ponte de Sor, onde espantei o sono igualmente vezes sem conta.
Ainda me lembro de, num dia de Greve Geral, ter acabado a confraternizar com os trabalhadores do Couço, que, ao que julgo saber, é a terra natal de José Casanova. E de histórias de furos, avarias e até de um despiste sem consequências, na passagem de nível do Crato, em 1 de Janeiro de 1980.
E tudo isto para dizer que as auto-estradas nos dão tempo, mas nos roubam Portugal. Só por este crime, os utentes das auto-estradas deveriam ser indemnizados.
Sem comentários:
Enviar um comentário