Santa Iria de Azóia, 23 de Setembro de 2005 – Quando eu for grande, quero viver num país decente e não nesta «choldra», como lhe chamava o Eça, nos finais do século XIX. Quando eu for grande, quero viver numa República de homens livres, livres no mais amplo sentido da palavra, e não de títeres representativos de interesses inconfessáveis. Quando eu for grande, quero que aos meus concidadãos sejam reconhecidos os méritos e que não possam singrar os medíocres e oportunistas. Quando eu for grande, farei esforços para acabar com as comendas oficiais, que são sempre dadas às mesmas famílias e não propriamente àqueles que à pátria tudo dão sem nada pedirem em troca. Quando eu for grande, quero viver numa República cujo Presidente não o seja com o pretexto de o já ter sido. Quando eu for grande, não quero a presidir aos destinos da Pátria um choraminga, que também seja um dos beneficiários dos favores da Pátria. Quando eu for grande, quero ter filhos que amem e honrem a Pátria, mas recusem prebendas, reformas antecipadas e outros benefícios. Quando eu for grande, quero ensinar aos meus filhos que a Pátria não é uma vaca à qual se sugam as tetas. Quando eu for grande...
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