Santa Iria de Azóia, 27 de Dezembro de 2009- Só hoje pude ver imagens da cerimónia de apresentação de cumprimentos do primeiro-ministro ao presidente da República. Apesar da cerimónia ter uma natureza meramente protocolar, a frieza das comunicações e das atitudes mostram até que ponto os dois protagonistas andam de costas voltadas. Dir-se-ia que a cena se podia ter passado num qualquer palco e com os actores de costas um para o outro.
Neste momento, penso que ambos servem mal Portugal: um não governando; o outro não presidindo (o Zé Ribeiro não leva a mal). E assim frio vai o relacionamento dos dois principais actores da política portuguesa, ainda que em consonância com o frio deste princípio de Inverno.
Não tenho qualquer simpatia pelos personagens, porque creio sinceramente que nunca terão dado nada de importante a Portugal. Feitas as contas, provavelmente ambos receberam mais do que deram. Era bom que ambos dissessem adeus aos cargos e permitissem o aparecimento de novos protagonistas. Mas esse seria um gesto demasiado nobre para estes dois homens. E os seus horizontes não têm a largueza de que Portugal carece.
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