segunda-feira, agosto 25, 2008

DO MEU DIÁRIO

Santa Iria de Azóia, 25 de Agosto de 2008 – Há muitos anos que conheço o nome de António Osório. Sabia-o poeta, com ligações a Setúbal e à Arrábida e também à advocacia. Lera meia dúzia de poemas seus em publicações periódicas, mas nunca ousara comprar uma obra sua.

Graças ao Daniel Abrunheiro, grande poeta e homem de generosidade muita, comecei a comprar as obras de Osório, um pouco ao acaso, e tenho-o lido com alguma avidez. Penso que já o cataloguei como poeta da amabilidade, num outro texto deste meu diário; porém, de Osório queria hoje dizer que é um poeta de recorte clássico, que nos presenteia com uma poesia de grande equilíbrio e serenidade.

De Osório estou a ler a obra VOZES ÍNTIMAS, que sendo um conjunto de textos acerca das pessoas com quem o poeta conviveu e dialogou, ajuda a escorar a opinião que expressei no parágrafo anterior. Neste livro poderá o leitor ler também quatro sonetos de Vivaldi, que correspondem às quatro estações, integrados num texto mais vasto sobre as vicissitudes que conheceu a obra do célebre compositor.

Osório é um daqueles poetas que não podemos ignorar, sob pena de ignorarmos alguma da grande poesia do século XX.


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