sexta-feira, janeiro 12, 2007

SONETO (PORTUGUÊS) - V

Entro nas casas de alterne
Por obrigação profissional;
Mas topam imediatamente
Os frequentadores habituais
E aquelas noctívagas mulheres
Quão estranho me sinto e sou
Dentro de tais aquários.
Lisboa tem para todos os gostos
E para todas as carteiras:
Moldavas, lusas, brasileiras,
De cabelos pretos, ruivos, loiros.
O à-vontade ganha-se indo,
Os pidgins aprendem-se falando.
O fundamental é ter carteira!

1 comentário:

José Antunes Ribeiro disse...

Viste por lá a Catarina e o Pinto?
A sério, esses locais lembram-me outros planetas. Que vidas se vivem por esses lados? Como ocupam as pessoas os seus tempos livres?...Que mundo é esse? Donde vem esse dinheiro? Quem as contrata? Quem as explora? Como vivem os patrões, esses aprendizes da mafiazinha nacional?... Vou deixar de fazer perguntas...