Santa Iria de Azóia, 19 de Janeiro de 2011 – O caso Castro continua a encher espaços informativos nas televisões e a coisa parece estar para durar. Basta que o presumível assassino não se declare culpado e, por mais célere que seja a justiça americana, teremos festim com duração imprevisível. Na verdade, algo fede neste velho reino da Lusitânia.
A campanha para as presidenciais tem sido ofuscada por este caso macabro, que as televisões, quais abutres, não largam. Não me espantará, portanto, que a abstenção aumente ou que os portugueses, hoje menos exigentes do que ontem, vão votar maioritariamente num candidato medíocre. O caso Castro até vai distraindo os portugueses do endividamento do país e do modo como o governo tem estado a lidar com o problema.
Eu queria que esta campanha fosse viva e esclarecedora. Eu explico melhor: gostava que o presidente de Portugal, que volta a ser candidato, pudesse esclarecer cabalmente as questões que lhe têm sido postas, sim, as de natureza patrimonial, para que quem nele vota não o faça só porque sim. E gostava também que todos esclarecessem os portugueses sobre matérias como a educação, o estado social, a justiça, etc.
Tenho dúvidas, se o resultado for o que é espectável, que o presidente de Portugal, que não o de todos os portugueses, possa cumprir até ao fim o seu mandato. Se tudo o que há para esclarecer não for esclarecido até sexta-feira, sê-lo-á mais tarde ou mais cedo e com graves custos para Portugal. A não ser que aceitemos definitivamente que a nossa pátria é uma república das bananas.
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