Moscavide, 11 de Janeiro de 2011 - Imbecilizada, a populaça entretém-se com o assassinato de Carlos Castro, um cronista social. Para esta adesão doentia muito têm contribuído os media, nomeadamente as televisões, que servem deste menu doses exageradas.
Para dizer a verdade, vi a vítima duas ou três vezes na televisão e não apreciei o género. Posso até dizer que, se tivesse morrido sem alarido, nunca mais me lembraria do cronista dito social. De resto, como não me lembraria de muitas outras figuras das revistas cor-de-rosa e da tv. Não fazem o meu género. Ponto. Lembro-me da morte de Luís Miguel Nava, um grande poeta português, e não me recordo de tanto “arroído”. Escrevia versos e morreu em Bruxelas.
Enquanto esperava para fazer um electrocardiograma, hoje, em Moscavide, ouvi um relato do caso de Nova Iorque, aos solavancos, com a justiça de permeio, que me arrepiou durante vários minutos. Nas televisões, nos jornais e nas redes sociais, posso evitar o caso; porém, o pior é quando somos assaltados assim, desarmados, numa sala de espera.
Ainda me apeteceu pedir à mulher para se calar; no entanto, mandou o decoro que me mantivesse em silêncio, que a língua daquela nossa concidadã poder-me-ia aspergir com o seu, por certo, letal veneno.
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