Foto da autoria do grande fotógrafo José Pedro Barata
Santa Iria de Azóia, 25 de Outubro de 2010 – Num texto publicado numa edição do albicastrense RECONQUISTA, jornal semanário de grande divulgação regional, o autor trouxe-me à memória uma figura castiça da cidade, que vendia jornais, trajava fatos e gravata pretos e camisa branca, que, provavelmente, tinham sido de pessoas com maiores estaturas.
Falo de Zé Gavetas, empregado da Casa Vidal Sestay, que era, indubitavelmente, uma figura do “folk” albicastrense. Zé Gavetas, que vendia o Diário de Notícias e os desaparecidos Mundo Desportivo e Diário Popular, não primava propriamente pela limpeza, tal como o resto do país, em cujas tascas se espalhava serradura no chão e havia pratos com um líquido avermelhado para apanhar moscas.
Lembro-me de Zé Gavetas, um indivíduo patusco e mais ou menos subserviente, a quem a burguesia local achava piada, sobretudo pela extravagância das roupas e do vasto e farfalhudo bigode. Desconhecia-lhe, todavia, o humor e a bondade que o referido texto referia e com exemplos ilustrava.
O João Teixeira, que conheceu Zé Gavetas melhor do que eu, lembrou-me a bonomia do grande apregoador do PIF-PAF e do eterno enamorado, sempre quase quase a casar, segundo ele mesmo, mas que haveria de morrer solteiro.
E tudo isto para dizer que há sempre um tempo para corrigir opiniões. Ainda que só postumamente. O que no caso vertente nem terá grande importância. Zé Gavetas, que teria Meireles no nome, creio que nem primos tinha.
Falo de Zé Gavetas, empregado da Casa Vidal Sestay, que era, indubitavelmente, uma figura do “folk” albicastrense. Zé Gavetas, que vendia o Diário de Notícias e os desaparecidos Mundo Desportivo e Diário Popular, não primava propriamente pela limpeza, tal como o resto do país, em cujas tascas se espalhava serradura no chão e havia pratos com um líquido avermelhado para apanhar moscas.
Lembro-me de Zé Gavetas, um indivíduo patusco e mais ou menos subserviente, a quem a burguesia local achava piada, sobretudo pela extravagância das roupas e do vasto e farfalhudo bigode. Desconhecia-lhe, todavia, o humor e a bondade que o referido texto referia e com exemplos ilustrava.
O João Teixeira, que conheceu Zé Gavetas melhor do que eu, lembrou-me a bonomia do grande apregoador do PIF-PAF e do eterno enamorado, sempre quase quase a casar, segundo ele mesmo, mas que haveria de morrer solteiro.
E tudo isto para dizer que há sempre um tempo para corrigir opiniões. Ainda que só postumamente. O que no caso vertente nem terá grande importância. Zé Gavetas, que teria Meireles no nome, creio que nem primos tinha.
1 comentário:
E mais se dizia ser o nosso Zé filho não assumido de um importante oficial do exército...
De facto, este homem era já um mito durante a vida.
Abraço
João
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