Santa Iria de Azóia, 6 de Fevereiro de 2010 – A situação do país é grave, passe o cliché. E não é de agora que a situação é grave. É grave há vários séculos, porque quase sempre fomos governados por gente sem grandeza.
Dizer-se que Portugal é um país pobre é dizer uma meia verdade. Não temos, obviamente, os recursos de Angola ou do Brasil. Não teremos, tão-pouco, tantos recursos como a nossa vizinha Espanha. Mas vistas bem as coisas, creio que o nosso défice maior é de imaginação.
O caso de Israel é paradigmático (declaro desde já que não tenho qualquer simpatia pelo Estado sionista). Fundado em 1948, numa região muito mais pobre do que Portugal, sobrevive sem grandes dificuldades, porque tem sabido conjugar os esforços e aproveitar os escassos recursos de que dispõe.
O problema de Portugal radica na indigência mental das suas elites e no carácter abutre dos seus maiores empresários. O problema de Portugal é o nosso desamor.
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