sábado, fevereiro 07, 2009

MATA -UM OLHAR.


Santa Iria de Azóia, 6 de Fevereiro de 2009 – É nas curvas apertadas das nossas vidas que recebemos as melhores provas de amizade e somos mimados com pequenos grandes gestos de simpatia. E é também nos momentos difíceis que, finalmente, temos oportunidade de corrigir juízos que fomos construindo ao longo dos anos, mas que nem sempre são os mais justos.

A Mata despovoa-se ao ritmo das aldeias do interior mais interior. No presente, é habitada por umas escassas centenas de pessoas, velhas, na sua esmagadora maioria. Ali vivem, a escassos vinte minutos de Castelo Branco, algumas com conforto; outras, na ignorância dos avanços da civilização.

Anteontem, enquanto velámos o meu pai – um dia teria de ser comigo -, fui abordado por dezenas e mais dezenas de conterrâneos que, de uma forma digna e sincera, me quiseram expressar o seu pesar. Não estava à espera de uma tão grande manifestação de simpatia, confesso, e se calhar, porque conhecia menos bem do que eu pensava a minha gente. Bonita e proveitosa lição!

Só tenho uma forma de retribuir: continuar o caminho iniciado há décadas, quando, através do jornal “Reconquista”, comecei a pugnar pelas gentes e pelas coisas da Mata. Da qual sou cada vez mais!


2 comentários:

Anónimo disse...

Caro Manel,

Força e coragem, é tudo que posso dizer-te agora.

Morais

Anónimo disse...

Querido Amigo
Só hoje li este teu escrito.
Os meus sentidos pêsames, amigo.
Um abraço forte
João Teixeira