OFÉLIA
Ficou para tia
A nossa Ofélia,
Porque a obra
(ai, a obra!)
De Fernando
Assim o exigia.
Morreu velha
E respeitada,
Mas por homem,
Presume-se,
Nunca amada.
Vagas promessas,
Pequenos nadas.
De eléctrico iam
À Cruz-Quebrada.
Iam e vinham,
Vinham e iam.
Iriam os dois
E de mãos dadas?
Sem comentários:
Enviar um comentário