CASTELO BRANCO (CENTRO DA CIDADE)
O facto de não saber concretamente o que é a alma não faz de mim um incréu qualquer. Acredito que os indivíduos tenham alma, do mesmo modo que acredito na alma das cidades. E neste momento, se fosse possível, alguém me poderia perguntar o porquê deste aranzel. Embora não sendo obrigado a dar explicações, digo já ao que venho e prometo ser rápido.
Castelo Branco, a minha cidade natal, cresceu muito nos últimos cinquenta anos. O perímetro urbano que eu conheci enquanto criança e adolescente terá, seguramente, triplicado em cinquenta anos; porém, o coração da grande urbe continua a pulsar na Praça do Município, na Alameda da Liberdade, Avenida da Liberdade, o cimo da General Humberto Delgado e da 1º de Maio, e, claro está, o Largo da Sé. Ou pelo menos é assim que sinto a cidade, quando nela permaneço algum tempo.
Castelo Branco continua a ter bons cafés, onde ainda é possível encontrar velhos amigos, ler o jornal ou outra coisa qualquer, olhar os abrunheiros. O emblemático Arcádia desapareceu; o Aviz já não é o café de Rolão Preto e dos próceres do regime anterior; a Assembleia fechou as portas e o edifício degradar-se-á para lá se construir outro; outros prédios, que são edifícios da cidade, ali no moderno centro histórico, pedem obras de conservação. Mas é neste espaço, onde o velho e o novo coabitam pacificamente, que se encontra o verdadeiro carácter da cidade, a sua alma.
Numa última palavra, quero realçar a reanimação do Cine Teatro Avenida, que fez parte da minha vida durante vários anos: quatro filmes por semana, bailes de finalistas, teatro, récitas e muitos outros eventos. Até comícios, em 69, com Alçada Batista e demais candidatos da CDE. O Cine Teatro Avenida, que também é uma parte importantíssima da alma da cidade que amo e à qual regresso sempre com muitas saudades.
Santa Iria de Azóia, 18 de Setembro de 2010 – Desde a infância que oiço falar da alma; no entanto, confesso com a minha habitual humildade, que ainda hoje não sei o que é a alma. E duvido que alguém me possa dar uma explicação capaz.
O facto de não saber concretamente o que é a alma não faz de mim um incréu qualquer. Acredito que os indivíduos tenham alma, do mesmo modo que acredito na alma das cidades. E neste momento, se fosse possível, alguém me poderia perguntar o porquê deste aranzel. Embora não sendo obrigado a dar explicações, digo já ao que venho e prometo ser rápido.
Castelo Branco, a minha cidade natal, cresceu muito nos últimos cinquenta anos. O perímetro urbano que eu conheci enquanto criança e adolescente terá, seguramente, triplicado em cinquenta anos; porém, o coração da grande urbe continua a pulsar na Praça do Município, na Alameda da Liberdade, Avenida da Liberdade, o cimo da General Humberto Delgado e da 1º de Maio, e, claro está, o Largo da Sé. Ou pelo menos é assim que sinto a cidade, quando nela permaneço algum tempo.
Castelo Branco continua a ter bons cafés, onde ainda é possível encontrar velhos amigos, ler o jornal ou outra coisa qualquer, olhar os abrunheiros. O emblemático Arcádia desapareceu; o Aviz já não é o café de Rolão Preto e dos próceres do regime anterior; a Assembleia fechou as portas e o edifício degradar-se-á para lá se construir outro; outros prédios, que são edifícios da cidade, ali no moderno centro histórico, pedem obras de conservação. Mas é neste espaço, onde o velho e o novo coabitam pacificamente, que se encontra o verdadeiro carácter da cidade, a sua alma.
Numa última palavra, quero realçar a reanimação do Cine Teatro Avenida, que fez parte da minha vida durante vários anos: quatro filmes por semana, bailes de finalistas, teatro, récitas e muitos outros eventos. Até comícios, em 69, com Alçada Batista e demais candidatos da CDE. O Cine Teatro Avenida, que também é uma parte importantíssima da alma da cidade que amo e à qual regresso sempre com muitas saudades.
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