DO MEU DIÁRIO
Santa Iria de Azóia, 6 de Novembro de 2009 – Confesso que tenho descurado este Diário, nos últimos tempos. Não que tenha diminuído o meu interesse por este tipo de escrita; mas, sobretudo, porque outras coisas se têm sobreposto. E como em tudo na vida, há que estabelecer prioridades.
Tem havido também alguma preguiça. Eu confesso sem quaisquer problemas que sou acometido de preguiça muitas vezes. Nestes últimos tempos, tenho-me entretido com a leitura de “blogues” e coisas afins e nem sequer tenho pegado, como de costume, naqueles livros que ando sempre a ler, tal como acontecia com o meu amigo António Pina, que conheci durante décadas a traduzir o Fausto.
Ao certo, nunca cheguei a saber o que aconteceu ao Tó Pina, que já conheci depois de ter vindo de Paris e que já era a pessoa que continuou a ser durante décadas. Esquecido e alheio de quase tudo e todos, creio que ainda foi professor no liceu Nuno Álvares Pereira, lá no castro alvo, onde passei a minha casta adolescência e o início da juventude.
Do Tó Pina guardo duas recordações muito gratas: um sumo de laranja que me ofereceu, em Penamacor, numa casa solarenga que a família tinha na terra natal de Ribeiro Sanches, e uns minutos de violino, tocado para mim, na sua casa da então Avenida Marechal Carmona.
E assim recomeço este Diário que, em certo sentido, é a minha dose quotidiana de anfetaminas.
Tem havido também alguma preguiça. Eu confesso sem quaisquer problemas que sou acometido de preguiça muitas vezes. Nestes últimos tempos, tenho-me entretido com a leitura de “blogues” e coisas afins e nem sequer tenho pegado, como de costume, naqueles livros que ando sempre a ler, tal como acontecia com o meu amigo António Pina, que conheci durante décadas a traduzir o Fausto.
Ao certo, nunca cheguei a saber o que aconteceu ao Tó Pina, que já conheci depois de ter vindo de Paris e que já era a pessoa que continuou a ser durante décadas. Esquecido e alheio de quase tudo e todos, creio que ainda foi professor no liceu Nuno Álvares Pereira, lá no castro alvo, onde passei a minha casta adolescência e o início da juventude.
Do Tó Pina guardo duas recordações muito gratas: um sumo de laranja que me ofereceu, em Penamacor, numa casa solarenga que a família tinha na terra natal de Ribeiro Sanches, e uns minutos de violino, tocado para mim, na sua casa da então Avenida Marechal Carmona.
E assim recomeço este Diário que, em certo sentido, é a minha dose quotidiana de anfetaminas.
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