Strasbourg, 26 de Junho de 2009 – Há muitos anos que não fazia viagens de comboio. Confesso que não tenho nada contra os comboios, mas é consabido que no nosso país o automóvel é rei. Pois bem, aproveitei para ir duas vezes a Colmar e uma à pitoresca vila de Obernai, utilizando o tró-fá-fá.
Eu sabia que os franceses utilizam muito o comboio, mas apesar desse conhecimento, fui surpreendido pelo movimento de comboios na Gare Central de Srasbourg, donde saem e onde chegam dezenas e dezenas, incluindo o nosso mal-amado TGV, e também pela quantidade de passageiros. Fossem os nossos PDG(s) menos pedantes e mais madrugadores e utilizariam o comboio para cumprirem religiosamente os horários. E não teriam o cansaço diário das “bichas”, no acesso a Lisboa.
Não ficaria bem comigo mesmo, se não deixasse aqui uma nota acerca das centenas de bicicletas que ficam diariamente à porta da Estação de Strasbourg. E também das centenas e centenas de ciclistas permanentemente em movimento na cidade. Estas notas servem apenas para realçar o bem que estas práticas fazem ao ambiente e a poupança que proporcionam aos franceses. A inteligência nota-se nas pequenas coisas.
Strasbourg, sede de diversas instituições europeias, possui também um eficaz “metro” de superfície. Utizei-o uma única vez para fazer o percurso “Droits de l’Homme”- “République e posso asseverar que a experiência foi compensadora. Era bom que entre nós pudessem ser implementadas experiências semelhantes. Das de Strasbourg podiam os nossos deputados europeus falar, porque sempre seria conversa mais produtiva do que a da contabilidade de quem apresenta mais requerimentos e projectos de resolução.
Strasbourg não é, decerto, o paraíso; mas é uma cidade exemplar em muitos aspectos. Ou será por acaso que a sua Universidade é, actualmente, a maior de França?
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