COLMAR
Ao fundo da praça da estação, cujo nome não me ocorre agora (ou será mesmo Place de la Gare?), volta-se à esquerda. Caminha-se trezentos ou quatrocentos metros e entra-se no Champs de Mars, onde a cidade homenageia dois dos seus filhos mais ilustres: o almirante Bruat, que também é nome de rua, e Rapp, que terá sido o mais famoso general de Napoleão.
Champs de Mars também há em Paris. É aquela planura imensa que vai da Torre Eiffel à Academia Militar francesa e do lado oposto há uma extensão quase idêntica ao cimo da qual se ergue um conjunto magnífico que dá pelo nome de Trocadéro. Não era bem disto que eu queria falar. Verdadeiramente, eu queria apenas falar do carinho com que a França tratou sempre os seus herois e os seus mártires. Não conheço cidade francesa onde não haja uma lápide ou um memorial com os nomes das vítimas do invasor nazi. Alphonse Cherrier era o nome da rua onde eu morei em Sceaux, nos arredores de Paris. Um jovem francês que os alemães mataram naquela vindima de vidas que foi a 2ª Guerra Mundial.
Entre nós é mais comum dar o nome das ruas a políticos, de primeira e de segunda, que os há de primeira de segunda e de terceira, bem entendido. E ultimamente, lá se vão lembrando mais dos nossos artistas, facto que só por si já constitui um ganho. Dos generais que fizeram o 25 de Abril de 1974 não há nenhuma praça que exiba a estátua de um, pela razão comezinha de não ter havido generais comprometidos com o golpe que depois foi revolução.
Colmar – perdoe-se a Duhamel o exagero -, é na verdade uma cidade encantadora. No seu centro histórico, o viajante encontra a calma e a beleza, que, depois, hão-de ser exaltadas nas conversas com os amigos ou plasmadas com versos ou prosa. A catedral, que dá pelo nome de collégiale de Saint-Martin, é uma das catedrais góticas mais importantes da Alsácia. Em minha opinião, pela beleza rara dos vitrais. Foi construída ao longo de cento e trinta anos!
O João apareceu à hora combinada, junto ao edifício da FNAC e almoçámos na zona turística, com a qualidade que eu já mereço a caminho dos sessenta anos. E também o João, que tem algumas dificuldades em se adaptar à cozinha francesa. Especialidades alsacianas, bem entendido, mas com boa carne e as indispensáveis batatas fritas.
Colmar, 25 de Junho de 2009 – Colmar também é uma cidade plana. Por isso mesmo, não hesitei em fazer o caminho a pé, da estação da SNCF até ao centro da cidade, onde almocei com a Zélia e com o João Pedro, que já está roído de saudades. Ou eu me engano muito, ou este meu rebento querido tem muito a ver com o senhor meu pai, que em Fevereiro passado nos deixou. Parecem duros, mas têm um coração de manteiga.
Ao fundo da praça da estação, cujo nome não me ocorre agora (ou será mesmo Place de la Gare?), volta-se à esquerda. Caminha-se trezentos ou quatrocentos metros e entra-se no Champs de Mars, onde a cidade homenageia dois dos seus filhos mais ilustres: o almirante Bruat, que também é nome de rua, e Rapp, que terá sido o mais famoso general de Napoleão.
Champs de Mars também há em Paris. É aquela planura imensa que vai da Torre Eiffel à Academia Militar francesa e do lado oposto há uma extensão quase idêntica ao cimo da qual se ergue um conjunto magnífico que dá pelo nome de Trocadéro. Não era bem disto que eu queria falar. Verdadeiramente, eu queria apenas falar do carinho com que a França tratou sempre os seus herois e os seus mártires. Não conheço cidade francesa onde não haja uma lápide ou um memorial com os nomes das vítimas do invasor nazi. Alphonse Cherrier era o nome da rua onde eu morei em Sceaux, nos arredores de Paris. Um jovem francês que os alemães mataram naquela vindima de vidas que foi a 2ª Guerra Mundial.
Entre nós é mais comum dar o nome das ruas a políticos, de primeira e de segunda, que os há de primeira de segunda e de terceira, bem entendido. E ultimamente, lá se vão lembrando mais dos nossos artistas, facto que só por si já constitui um ganho. Dos generais que fizeram o 25 de Abril de 1974 não há nenhuma praça que exiba a estátua de um, pela razão comezinha de não ter havido generais comprometidos com o golpe que depois foi revolução.
Colmar – perdoe-se a Duhamel o exagero -, é na verdade uma cidade encantadora. No seu centro histórico, o viajante encontra a calma e a beleza, que, depois, hão-de ser exaltadas nas conversas com os amigos ou plasmadas com versos ou prosa. A catedral, que dá pelo nome de collégiale de Saint-Martin, é uma das catedrais góticas mais importantes da Alsácia. Em minha opinião, pela beleza rara dos vitrais. Foi construída ao longo de cento e trinta anos!
O João apareceu à hora combinada, junto ao edifício da FNAC e almoçámos na zona turística, com a qualidade que eu já mereço a caminho dos sessenta anos. E também o João, que tem algumas dificuldades em se adaptar à cozinha francesa. Especialidades alsacianas, bem entendido, mas com boa carne e as indispensáveis batatas fritas.
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