sábado, maio 13, 2006

PARIR EM CASA

Vistas as coisas com frieza, parir nas maternidades é um luxo perfeitamente dispensável. No meu caso pessoal, ainda que não me lembre, nasci em casa e a parteira foi a minha avó paterna. E cá estou, não rijo e forte como um pero, mas com vontade de inetrvir e, se possível, ajudar a formar opinião acerca deste e de outros assuntos. Sempre numa óptica progressista e humanista.
Os direitos sociais dos cidadãos - os ainda existentes-, estão ameaçados, porque o mundo mudou, dizem, e é preciso proceder às convenientes adaptações. A economia é global, lembram-nos quotidianamente, e é preciso competitividade. O que, trocado por miúdos quer dizer que é preciso trabalhar cada dia mais e de preferência com piores salários e menos direitos sociais. Perceberam?
O encerramento das maternidades é uma parcelinha do todo. Há que racionar -não, não é racionalizar-, os custos, à custa do bem-estar e da segurança das parturientes, porque os 6,83 de 2004 terão de ser menos de 3, em 2009. E depois, de um momento para o outro, os próceres do regime desataram a querer reduzir o peso do Estado e a despesa pública a todo o vapor, mesmo que a taxa do desemprego se escreva com dois dígitos.
Sabendo nós quão capaz é a sociedade civil portuguesa, que tem chupado a teta do Estado até onde pode e amealhado ou delapidado a mais valia da exploração, estamos conversados. Dentro de cinquenta anos continuaremos na cauda da Europa, já atrás da Roménia e daBulgária, ainda que o simples facto de o mundo ser mundo, permita alguns avanços no domínio do bem-estar humano.
Voltando ao princípio, porque os excursos são sempre perigosos, quero aqui lembrar que parir em casa é a melhor solução, porque filhos e mães podem ficar tranquilamente em casa, sem os incómodos de ambientes estranhos e de perigosas correntes de ar. E rodeados da simpatia e do carinho de toda a família.

1 comentário:

José Antunes Ribeiro disse...

Caro Manuel,

Também fui parido em casa!...E não estando propriamente anafado, acho que estou forte. Com um pormenor apenas: dos seis irmãos, sobrevivemos quatro...As razões não as sei, talvez não tenham tido a ver com o parto, mas...
Dou o benefício da dúvida a algumas (necessárias) mudanças.A ver vamos.