Baía de Luanda(Wikipédia
Pressentia, no entanto, que o fim do regime estava para breve. A esperança ganhava um novo vigor. O fim da guerra colonial e o começo de tempos de paz para a juventude portuguesa estavam para breve, pensava eu com os meus botões. Apesar da esperança que me habitava a alma, sabia, no entanto, que havia ainda um caminho árduo a percorrer.
Ainda havia de passar por várias cidades, e outro continente, até que tudo acabasse, o que se veio a verificar no dia 6 de Outubro de 1975, ou seja, um mês e cinco dias antes da independência da chamada joia do império. Angola, pois claro, que é de novo o destino de muitos portugueses, que vão na mira dos negócios e do trabalho. Após Caldas da Rainha e Tavira, Castelo Branco, Lisboa, Tomar, Luanda, o mítico lugarejo de Nambuangongo, Luanda, são nomes que ficaram ligados ao meu roteiro militar.
Recordo tudo sem qualquer ponta de nostalgia. Nunca fiz qualquer esforço para encontrar antigos guerreiros. Que sejam todos muito felizes e eu também. No entanto, há dias encontrei o Zé Baeta, que conheci em Luanda e do qual me tornei amigo. Após mais de trinta anos sem nos termos voltado a ver, embora estivéssemos em contacto através das novas tecnologias. Ficámos contentes e combinámos reencontrarmo-nos brevemente. Foi no Terreiro do Paço, numa manifestação da CGTP.
Santa Iria de Azóia, 11 de Março de 2011 – Há trinta e oito anos, no dia 11 de Março, estava na cidade de Tavira, num quartel chamado CISMI, onde cumpria o serviço militar obrigatório. Das Caldas da Rainha partia uma coluna militar em direcção a Lisboa, com o objectivo de derrubar o regime. Escrevi regime e não governo. A referida coluna era comandada por Vergílio Canízio da Luz Varela, um terrível capitão de infantaria que fora meu comandante de companhia. A sobredita coluna não chegou ao destino e o regime ainda sobreviveu mais um mês e catorze dias.
Pressentia, no entanto, que o fim do regime estava para breve. A esperança ganhava um novo vigor. O fim da guerra colonial e o começo de tempos de paz para a juventude portuguesa estavam para breve, pensava eu com os meus botões. Apesar da esperança que me habitava a alma, sabia, no entanto, que havia ainda um caminho árduo a percorrer.
Ainda havia de passar por várias cidades, e outro continente, até que tudo acabasse, o que se veio a verificar no dia 6 de Outubro de 1975, ou seja, um mês e cinco dias antes da independência da chamada joia do império. Angola, pois claro, que é de novo o destino de muitos portugueses, que vão na mira dos negócios e do trabalho. Após Caldas da Rainha e Tavira, Castelo Branco, Lisboa, Tomar, Luanda, o mítico lugarejo de Nambuangongo, Luanda, são nomes que ficaram ligados ao meu roteiro militar.
Recordo tudo sem qualquer ponta de nostalgia. Nunca fiz qualquer esforço para encontrar antigos guerreiros. Que sejam todos muito felizes e eu também. No entanto, há dias encontrei o Zé Baeta, que conheci em Luanda e do qual me tornei amigo. Após mais de trinta anos sem nos termos voltado a ver, embora estivéssemos em contacto através das novas tecnologias. Ficámos contentes e combinámos reencontrarmo-nos brevemente. Foi no Terreiro do Paço, numa manifestação da CGTP.
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