sexta-feira, novembro 25, 2011

DO MEU DIÁRIO



Santa Iria de Azóia, 25 de Novembro de 2011 – A direita ainda não tem a coragem de contestar o direito à greve; mas, começam a surgir sinais de que o poderá vir a fazer a breve trecho.


O direito à greve foi conquistado ainda no século dezanove e tem sido comummente aceite pelas democracias como um direito inalienável dos trabalhadores. O direito à greve tem sido uma das marcas das democracias. Acontece, todavia, neste mundo em permanente mutação, que os sagrados mercados começaram a impor governos aos povos. Atente-se nos exemplos da Grécia e da Itália para já. Um dia destes, os sagrados mercados, mais as troikas e os serventuários locais das mesmas, lembram-se de suprimir o direito à greve e zás!


É inquietante que algumas das perguntas recorrentes do dia seguinte ao da Greve Geral sejam estas: o que mudou de 23 para 25? O que se alterou? Ficou melhor o país e as pessoas? Parecem perguntas pertinentes e simples, mas encerram em si o mais primário desprezo por um direito constitucionalmente protegido e que é considerado como a principal arma daqueles que vendem a outrem o seu trabalho.


Sinal dos tempos, ou talvez não, estas e outras atitudes antidemocráticas começam a fazer o seu caminho. É preciso, portanto, que se dê combate permanente e eficaz a todos aqueles que só vêm no lucro o fim último da actividade económica. É preciso lutar e reafirmar a superioridade do Estado Social, perante os interesses individuais e mesquinhos dos que detêm os meios de produção da riqueza.

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