Santa Iria de Azóia, 28 de Dezembro de 2006 – Os meios de comunicação social fizeram-se eco, nestes últimos dias, da febre consumista que atingiu os portugueses este Natal. E forneceram números e mais números e até o montante gasto ao segundo.
A comunicação social, de um modo geral, tem uma enorme capacidade de se surpreender. Ou então, os rapazes e as raparigas que produzem a informação andam permanentemente desatentos. Em Portugal, estima-se que a economia paralela, também dita informal, valha mais ou menos 25% da economia que conta para as estatísticas e que é tributável. Assim sendo, anda por aí muito dinheiro à solta para comprar os mais diversos produtos. E também viagens, pois claro, como notava António José Teixeira, hoje, no circunspecto DN.
O problema – que é problema e sério -, radica no fato de Portugal não produzir e consumir. Ninguém se pode queixar seja do que for. Houve sempre quem tivesse pregado no deserto contra a destruição do nosso aparelho produtivo. Só que os políticos de serviço na governação não só não souberam impedir a destruição do aparelho produtivo, como estimularam o consumo desenfreado. E quem se habitua a um determinado modo de vida, dificilmente aceita andar de cavalo para burro
E por que razão havíamos de ser refractários a esta religião que, ao contrário das outras, nos mostra felicidade ao alcance dos nossos olhos?
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