QUADRAS POPULARES
8
Toma lá esta rosinha,
Que colhi no meu jardim.
Eu gosto de dar rosas
A quem suspira por mim.
9
As raizes da figueira
Vão longe água beber.
Se assim fosse o nosso amor
Perene havia de ser.
10
Na Mata não encontrei
Quem eu queria encontrar.
Por isso me vim embora
C’o coração a sangrar.
11
Tenho de dar tempo ao tempo
Para a tristeza vencer.
Acalma-te coração,
Pára de tanto bater.
12
Eu gostava de me dar
Àquela rosa encarnada;
Mas ela, teimosamente,
Anda de mim afastada.
13
Aquela nuvem além
vai tão carregada de água.
Bem podia, se quisesse,
Carregar a minha mágoa.
14
“Quero dormir descansado”
Ouve-se muito dizer.
Quem assim fala não diz
O que costuma fazer.
2 comentários:
Bonsoir amigo,
pois o almoço com o nosso amigo poeta foi bom, nao é?
Estive com ele ao telefone,
falamos muito!
Entao as rosas sao lindas...
senhor da mata!
Nao sei fazer quadras, tenho que tentar outra vez, a ultima foi catastrofica...nao deu nada de jeito...
merci pelo seu comentario, ainda bem que os meus amigos portugueses que conhecem bem a lingua, me sustentam neste caminho!
bjos, jà està a começar o outono e quase inverno...
até jà, boa noite!
LM
Olá Lídia,
Pois, almocei com o Zé e até fiquei com a tentação de nunca ter acontecido nada. Fiquei feliz, porque eu gosto Zé.
Havemos de nos encontrar os três, quando vier a Portugal. Para comer cozido à portuguesa. O Zé é doido por hortaliça.
Eu sei que a Lídia se quiser consegue fazer boas quadras. Embora não seja tão simples como às vezes se pensa. Isto dá algum trabalho.
Gostei imenso deste seu último texto que é espantosamente bonito. Particularmente, a 1ª estrofe.
Um beijo com os 26º de Lisboa.
E a amizade do,
Manuel
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