Novembro de 1979. Vinte e nove ou trinta, pouco interessa. Batem as três da madrugada, no aeroporto da Portela. Vem de Tunes ou de outro sítio qualquer. Yasser Arafat, o mouro, pisa terras cristãs de Luso. Silas Cerqueira, Cunha Serra, Gualter Basílio e outros, aguardam o terrorista que fala como os poetas.
Lisboa é o centro do mund. Eden Pastora - que depois foi o que se sabe-; chega com passaporte diplomático, mas sem um tostão para gastar. Pedro Medina, que os deuses chamaram a si muito cedo, pagou medicamentos do seu próprio bolso. Daniel Ortega é o homem forte em Manágua.
Nanna Amida, do Assafir de Beitrute e do Le Monde, havia de chegar depois, com os seus cabelos de azeviche sobre as nádegas. Sim, a porta-voz dos negociadores de Bagdad, na Suiça, antes da primeira guerra do Golgo.
Lurdes Pintasilgo é a chefe do governo de Portugal. Ramalho Eanes, o presidente. Lisboa é o centro do mundo e Portugal um país decente.
Arafat, na Aula Magna, declara que já não há lugar para mais mortos na Terra Santa da Palestina.
Portugal é ainda anfitrião de causas nobres. Lisboa é o centro do mundo!
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